Tiro do bolso as chaves
para abrir a porta
que não há mais
Volto-me para o corredor
de onde saí
tento refazer meus passos
a procura da saída
Não vejo os quartos
onde nos encontramos,
nos amamos
as fotos que tiramos,
nossos sorrisos
Não vejo os objetos, os quadros, os vasos
que enfeitavam a sala de estar
já não vejo nem mesmo o corredor
onde deveria estar
As chaves ...
Passo as mãos no bolso...
Não as tenho mais...
Procuro a porta
Procuro a saída
Procuro um luz no fim do túnel,
mas não encontro o interruptor,
nem uma vela
O ar ficou pesado,
sinto todo peso em meus ombros
O ar ficou pesado
Um peso do passado
Finalmente, encontro uma porta,
que deve ser minha saída
que deve fechar minha ferida
Mas ....
Não encontro as chaves
Diálogos que ainda restam p. 21
Um trago sozinho à tarde
Posted: sábado, 6 de fevereiro de 2010 by Fabiano Fernandes Garcez in Marcadores: artigos, Fabiano GarcezErnest Fischer, em A necessidade da arte, afirma:
Em todo poeta existe certa nostalgia de uma linguagem “mágica”, original.
Em O Bebedor de Auroras, mais novo trabalho do premiadíssimo poeta Tonho França nos brinda com magia, lírica íntima e sintaxe peculiar para resgatar do mundo contemporâneo, a cada dia repleto de surpresas, armadilhas e contradições, a humanidade perdida.
A experiência individual do eu-poético, traz ao livro um tom de saudade e de desencanto, talvez contaminado pelo sentimento de desencaixe, como se pode notar em:
aprendi a ver através das margaridas, mas não entendo mais o
[olhar dos homens
(...)
(Tardes Artificiais)
ou:
A toda hora
A todo momento
Estou fora ou dentro?
(Muros)
A pena de Tonho corre sobre o fazer poético, em inúmeros poemas se encontram as palavras: versos, poesia e poeta, isto em consequência a reclusão no presente de eu-poético fragilizado pelas incertezas do futuro e as recordações do passado:
Meus olhos, embora cansados,
Pressentem o que não podem ver
Aprenderam com o meu silêncio
– rituais e rotinas de solidão –
Meus instintos guardam a memória dos amores
E de tudo o que me é caro e que meu coração...
Já não suportaria.
E de nada me adiantam, agora, lembranças,
Penitências, alegrias ou arrependimentos
¬Estou recluso nos versos –
E nas minhas dores, culpas
Nos enfrentamentos em calmos e intermináveis silêncios
Abertos, vulneráveis, extremamente íntimos
E despidos de profecias, santos e defesas,
Num encontro definitivo, conclusivo, coeso
Do qual nem poeta, nem poesia, saem ilesos.
(Autorretrato (Diálogo do último dia))
O sotaque poético de Tonho França permanece intacto, maneira singular de construção semântica, que aproveita fragmentos de versos anteriores para dar aos posteriores outras significações:
As ladeiras de pedra
Os homens a seguir o destino em procissão
As ladeiras de pedra e os homens a segui
As ladeiras de pedra tentam a remissão:
Os homens de pedra a seguir vão,
homens de pedra a seguir
os homens, em vão.
(...)
(Procissão)
Na construção sintática, menos recorrente nesta obra é verdade, Tonho França também é mestre, trabalha duas orações coordenadas, porém com o segundo elemento do paralelismo inusitado:
Meus olhos guardam o segredo da morte
Suas mãos enrijecidas em pétalas de mármore-rosa
Colhiam maças e notas musicais.
(Canto III)
Mares... destoa do resto do livro, o uso constante da mesma rima dá ao poema um ritmo arcaico, lembrando muito a poesia do século XIII e XIX:
Os barcos deixam o cais,
Aventuram-se e deixam o cais,
Nas ondas inseguras, deixam o cais,
Levando as desventuras, deixam o cais,
Nas noites tão escuras, deixam o cais,
Deslizam entre espumas e corais,
(...)
Ainda na linguagem que o poeta utiliza para suas auroras o destaque fica por conta de Metrópole:
Pivete no semáforo
(vida?)
Vende balas
(perdidas)
o uso dos parênteses dá ao poema outras possibilidades de interpretação, pode-se ler só os termos que estão fora deles, apenas os que estão dentro, ou ainda embaralhando-os.
Em Vida vista pela janela (cenas de um tempo sem sentido), um dos melhores poemas do livro, Tonho nos ensina:
É preciso nos lavar de nós mesmos (..)
Em uma sociedade que é regida pelo olhar mercadológico, o olhar sensorial do eu-poético recai sobre os homens desumanizados, então resta, apenas, concordar com as palavras do poeta:
Já aprendi a sobreviver nas esquinas definitivas
E sinto como é pesada a franqueza
Escrevo abaixo da “linha da pobreza”
Dentro dos olhos e com muita dor
Mas não me iludo, não me engano
Meus versos são pelos seres humanos
A poesia é para sermos humanos
(...)
(Dia a dia)
A voz auscultada das páginas traz a entonação do entardecer, apesar do título constar como auroras, a palavra tarde é recorrente em muitos de seus versos, assim como ecos de um homem, em uma metrópole, solitário à espera de alguém para, quem sabe, um trago de poesia.
O Bebedor de Auroras é um bálsamo contra a banalização do mundo contemporâneo que está cada vez mais e mais dezumano e alienante.
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Posted: quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010 by O Blog dos Poetas Vivos inCARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
"Apontamentos Literários"
Em “Orientalismo”, Said defende a tese que o Oriente é uma criação do Ocidente, promovendo de “Orientalismo” como forma de discurso resultante da elaboração ocidental, que criou dentro de seu sistema acadêmico e intelectual uma espécie de categoria e um tipo de erudito especifico – o Orientalista. Na realidade o que está em jogo é essencialmente uma relação de poder na qual o discurso orientalista constrói e legitima a situação entre dominantes e dominados. Para Said, falar de Orientalismo é a princípio falar de uma empresa Cultural Francesa e Britânica e que, após a Segunda Guerra Mundial, tornou-se uma empreitada norte-americana. Desta forma o Ocidente, ao construir a imagem de um Oriente inferior, pobre e autoritário, simultaneamente estava construindo sua auto-imagem de superioridade, riqueza, democracia. A manipulação e veiculação dessas idéias gerou conseqüências desastrosas para a humanidade.Como exemplo, o autor aponta a questão da dominação americana no Oriente, e descreve a pretensão ocidental desde Napoleão no século XVIII, de mudar o mapa do Oriente Médio.
Ocorre também que o mundo academico acabou tomando para si a responsabilidade de formular teses e doutrinas em relação ao Oriente e ao “povo do Leste”, sobre sua língua, sua história, sua política e até sobre sua mentalidade. Partindo do projeto de Oriente como um objeto de estudo dos acadêmicos ocidentais, foi criado um discurso com viés erudito e imaginativo por meio de pesquisas e literatura, que é comercializado até hoje. Nesse sentido indivíduos de várias áreas do conhecimento como escritores, filósofos, teóricos políticos, economistas, administradores imperiais, tem aceitado a distinção básica entre Leste e Oeste como ponto de partida para seus discursos.
Com o término da guerra de 1973 o árabe passou a ter mais destaque entre as figuras do mundo oriental, porém de forma negativa, como alguém que pode prejudicar o mundo desenvolvido. Deste modo o árabe é visto como ameaçador.Para compor este mito em torno dos árabes e mulçumanos os intelectuais orientalistas contribuíram significativamente. Muitos dogmas foram gerados pela academia ocidental ao tratar dos árabes e islâmicos; o principal está na oposição sistemática – pode-se dizer maniqueísta - entre Oriente e Ocidente: o primeiro é o lugar do desenvolvimento, do humanismo, da racionalidade, e o outro é um espaço inferior, bárbaro, incivilizado. Assim, o interesse e a preocupação americana com o Oriente – e, todavia, o incentivo às pesquisas e publicações - surgiu com a necessidade de compreender aquele povo que significava uma ameaça à hegemonia ocidental.
É justamente a construção deste discurso e suas conseqüências que Said se propõe a problematizar. Para o autor, através do orientalismo o Ocidente criou um saber, produziu um oriente político, sociológico, ideológico e ainda, criou um discurso científico para legitimar sua autoridade, ou seja, são visões e versões criadas por uma civilização para inventar a outra - processo que se iniciou a partir do período pós-Iluminista. Pode-se perceber a persistência desse discurso dominador moldado pelo Orientalismo através da persistente distribuição de consciência geopolítica nos textos estéticos, sociológicos, históricos e filosóficos. O Orientalismo se manteve através de um intercâmbio dinâmico entre autores e os grandes interesses políticos moldados pelos três grandes impérios. Um exemplo disso é que autores como Lewis e do Huntington defendem idéias semelhantes, como a supremacia dos Estados Unidos - representante do Ocidente - em relação ao Oriente; e com esta concepção reiteram o conflito entre “raças” com teses do tipo “choque das civilizações”.
Said critica estas teorias dizendo que “um dos grandes progressos na moderna teoria cultural é a percepção, quase universalmente reconhecida, de que as culturas são hibridas e heterogêneas” (p. 460). No mais, nos afirma é que o “Orientalismo” não foi escrito para ser um livro “antiocidental”, entretanto, diante de um contexto tão turbulento e tenso entre dicotomias de Ocidente e Oriente -nós e eles- muitos o interpretaram como tomando partido a favor dos orientais oprimidos. Admite, com pesar, que embora o seu livro tenha chegado a vários lugares no mundo e tenha cumprido um papel importante de impulsionar a discussão, não houve mudanças significativas na compreensão norte-americana - apesar de na Europa a situação ter melhorado um pouco. Said argumenta ironicamente que “[...] se o Iraque fosse o maior exportador mundial de bananas ou laranjas, sem dúvida não teria havido Guerra nem histeria em torno de armas de destruição em massa misteriosamente desaparecidos [...]”. Essa citação é ilustrativa para compreender como o autor percebe o interesse dos EUA, criticando a falsa intenção de levar a paz ao mundo, que na verdade esta intimamente relacionada com as necessidades de sua político-econômica. Oi seja, ao se acentuar a bipolaridade Oriente Ocidente, o que está em jogo nada mais é do que uma fria relação de poder e dominação.
Por fim, o que de fato o autor pretendia com a obra era “libertar os intelectuais dos grilhões de sistemas como o Orientalismo” (p. 450), defendendo a noção do Oriente como local autonomo e que, portanto, deve ser respeitado dentro de sua própria lógica, não podendo então, ser julgado de acordo com a dinâmica da sociedade ocidental.
do lugar comum
Posted: terça-feira, 17 de novembro de 2009 by O Blog dos Poetas Vivos in Marcadores: Roberta Villa
a paixão é feito ânsia
e o amor, paciência
Na cama se prova este teorema
na paixão está o músculo a contração
e no amor a gente dorme, descansa
Na tênue distância
entre a inércia e a tensão
configura-se a trama
Depois de consumada
a paixão memória
rarefeita
Feito carne é o amor
(matéria cotidiana)
nua, a sinceridade dos corpos
no olhar e na fala muda
o amor ali se implanta
A paixão: paladar e tato
perecível ápice transpira expira
crua sensação e instinto
mágica feita de vento, transparente ciche
da indelével procura
O amor, substrato do tempo, diária fatura
é pão e cimento
Tarde de Autógrafos com Fabio Weintraub e Pádua Fernandes
Posted: sábado, 7 de novembro de 2009 by Fabiano Fernandes Garcez inPedreira
Posted: quinta-feira, 29 de outubro de 2009 by O Blog dos Poetas Vivos in Marcadores: Roberta VillaNo meio do caminho os analfabetos, favelados
e a vitória democrática do sufrágio
No meio do caminho os mal pagos, viciados
e as horas passadas de tormento e trabalho
No meio do caminho os andarilhos incorrigíveis
extraviando vossas pernas, pêlos, partidos
Os anormais persistem
com flores e fardas infantis
E o caminho continua lá
imóvel imutável
feito pedra
dura, a encarar o sujeito.
As nuvens formavam um peculiar labirinto
jamais deveria te-las violado
munido desta instrumentária
Jaz sobre mim uma gota
pesada certeira
caldalosos esgotos
e goteiras
grosseiras
enxurradas
Sobre mim há um cheiro
de fossa e enchente
- Profanar os profanos é o maior pecado
injuriar os dementes é o maior pecado
apreender os divinos é consumar o calvário -
Se seu soubesse que não se volta ao passado
a palavra vale prata
mas o silêncio é impagável
Nunca tive coragem
para naufragar um barco
só que hoje, justo o Hoje
com sua urgência e seu atrazo
tornanou-se um mostro mitológico
vindo dum ciclone d`água
emblemátco enigma do rodamoinho
( a vida neblina; inda preciso navegá-la)
Ah! me rendo
simplesmente abrindo o ralo
vi passar adiante todos
meus planos manchados
dissolutos
papéis apagados.
Enfim pensei sobre minha morte
Então a juventude ficou para traz.
Tarde de Autógrafos
Posted: by Fabiano Fernandes Garcez in
A Livraria Café e Cultura convida você para a Noite de Autógrafos dos livros Baque e Cinco lugares de Fúria, com os autores Fábio Weintraub e Pádua Fernandes respectivamente, no dia 31/10/2009, às 17h, entrada franca.
Em 'Cinco lugares da fúria', o poeta Pádua Fernandes apresenta as etapas de um périplo anticidadania. De um mundo traficante de exílios, passando pelo cadáver insepulto de imigrantes clandestinos mortos no deserto, por zonas de classe média onde pedintes são assassinados, entre outros lugares, chega-se ao aborto do espaço público. Por tais regiões inóspitas, que convergem para a distopia, o poeta transita.
Pádua Fernandes. Nascido no Rio de Janeiro em 1971, vive em São Paulo, onde é professor universitário. Foi colaborador da extinta revista portuguesa de cultura Ciberkiosk e integra o conselho editorial das revistas Jandira (Juiz de Fora) e Cacto (São Paulo). É autor de O Palco e o Mundo, poesia (Lisboa, Edições Culturais do Subterrâneo, 2002) e é organizador e autor do posfácio da antologia de Alberto Pimenta, A Encomenda do Silêncio (São Paulo, Odradek Editorial, 2004).
Em baque, Weintraub radicaliza a poética de seu livro anterior, Novo endereço (2002), abrindo mão de nomear sua paisagem íntima para dar voz a uma outra intimidade: a de prostitutas, motoboys, doentes, ex-modelos, mendigos, idosos, entre outros seres que vagam entregues à própria sorte. Por meio de uma escolha muito precisa de imagens, ritmos, dicções, estes versos cristalizam — no melhor sentido da palavra - a experiência do espaço social degradado de uma grande metrópole.
Nesse sentido, "Fotografia" parece ser um poema emblemático do livro: "De cócoras/ como quem ora/ ou pragueja/ sob a marquise/ a mulher// Oculta/ pelos caixotes/ embriagada/ entre sobras de repolho// Pela calçada em declive/ cachorros lambem o chorume// Penso na foto/ franzindo a testa// solidário/ imprestável". Pois é exatamente dessa "inútil" solidariedade que parecem nascer os versos de Weintraub, em cuja linguagem límpida e exata o grotesco aflora — veja-se o assombroso "Transplante" — como expressão contemporânea da subjetividade
Fabio Weintraub nasceu em São Paulo, em 1967. Psicólogo pelo Instituto de Psicologia da USP, com formação em psicanálise, atualmente cursa o mestrado em Teoria Literária na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da mesma universidade. Publicou os livros de poemas Sistema de erros (1996), vencedor do prêmio Nascente em 1994, e Novo endereço (2002), que recebeu os prêmios Cidade de Juiz de Fora, em 2001, e Casa de las Américas, em 2003. Trabalha como editor em São Paulo.
Livraria Café & Cultura
Av. Dr. Renato de Andrade Maia, 765 – Parque Renato Maia – Guarulhos – SP.
11 2229-0376
Literatura de Cordel
Posted: quarta-feira, 28 de outubro de 2009 by O Blog dos Poetas Vivos inAs mães com suas filhas
Posted: terça-feira, 27 de outubro de 2009 by O Blog dos Poetas Vivos in Marcadores: Roberta Villa
Eu vi as mães com suas filhas quando moças
e as moças me mostraram
o retrato
de suas mães quando moças
com elas bebês em seus braços
- de mães moças
que carregam no fôlego do ventre
tanta vida e tantas cores,
tantos ares como um fardo
Eu vi as moças com suas mães envelhecerem
e as cores amarelarem
e os ares acinzentarem
mas o retrato continua o retrato
das mães quando moças
com seus bebês nos braços
E vi as moças e seus bebês e sua mães
e sei que um dia ainda verei
os bebês com seus novos bebês
e retratos
E as mães com seus corpos de aço
com seus filhos crescidos, criados
criarão também rugas de tédio
talento e cansaço
findará – se o ciclo de seus ovários
os seios se secarão
mas restará o legado
tudo se evapora, dissolve na vida
menos o retrato
das mães quando moças
com suas filhas nos braços.
Fênix
Posted: quinta-feira, 22 de outubro de 2009 by O Blog dos Poetas Vivos in Marcadores: Roberta VillaCada um tem o ídolo que merece
Posted: quarta-feira, 14 de outubro de 2009 by Fabiano Fernandes Garcez in Marcadores: crônicas, Fabiano GarcezLembro-me sempre dos versos de Cazuza: Meus heróis morreram de overdose... Os meus nem todos morreram assim, uns sim, outros morreram de mortes naturais, outros foram assassinados e outros de causas diversas, porém muitos ainda vivem.
Um dos que já faleceram, me marcou muito, com sua música, com seus versos e, principalmente, por perguntar a todos que conhecia que livros ele estava lendo, não sei o porquê, mas isso influenciou muito minha juventude, pois se a leitura é importante para o Renato Russo ao ponto de ser a primeira informação a querer saber de alguém, deveria ser importante para mim e eu que sempre li muito, passei a ler mais ainda.
Isso é passado, Renato Russo e Cazuza foram ídolos do passado, hoje os tempos mudaram, Talvez a primeira coisa a se saber de alguém é onde ele malha, onde faz lipo, onde se brônzea e por aí vai. Os novos ídolos são mais preocupados com a beleza estética do que a beleza intelectual.
Um fato acontecido nos faz pensar, os que ainda pensam, em um dos seus programas de televisão, vi pelo CQC em seu TOP 5, Silvio Santos perguntava a Carla Perez uma palavra a respeito do Alasca e ela disse: praia. Isso gerou até uma brincadeirinha do dono do baú, mas ela não parou por aí, depois associou Baco a barco e grande canal ao rio Tietê, só lembrando que a moça é a mesma que em outro programa pergunta a uma telespectadora se a letra era I de escola, depois ela ainda fala se era E de isqueiro.
Ela continua ser uma moça de glúteos grandes e bonitos, será que só isso é suficiente para ser um ídolo brasileiro? Cada um, ou cada povo tem o ídolo que merece!