Para a Jornada do Medo

Posted: domingo, 26 de agosto de 2012 by O Blog dos Poetas Vivos in
1

Medos são fantasmas, dragões enterrados

apáticos e anônimos no fundo dum lago
eles ardem as artérias e bambeiam os braços
corroem o cálcio dos mais duros dentes

Medos são fantasmas, anões esmagados
apáticos e anônimos no fundo dum lago
espalham-se pela espinha, ficam no fundo da faringe
gemendo na goela, hesitando habeas corpus


Medos são fantasmas, anciões mal-amados
apáticos e anônimos no fundo dum lago
impulsionam instintos jungindo os joelhos
lixiviando a língua, moendo o meio da mente

Medos são fantasmas, ilusões! Sonhos asfixiados
apáticos e anônimos no fundo dum lago
negam nossos olhos, omitem os neurônios
quando querem quirelas rugem e rosnam


Medos são fantasmas, sermões enganados
apáticos e anônimos no fundo dum lago
saltando sobre tudo o que tocam
unidos e uníssonos ventos vorazes


Medos são fantasmas, deuses dissimulados
apáticos e anônimos no fundo dum lago
xeque-mate xucro zunindo zangado.

Deveres

Posted: sábado, 25 de agosto de 2012 by O Blog dos Poetas Vivos in Marcadores:
0

Poema de Roberta Villa.

Tautologia do Amor

Posted: quarta-feira, 8 de agosto de 2012 by O Blog dos Poetas Vivos in Marcadores:
0


Amar o amor que se ama
e sendo amor
amar o amor que se tem
e tendo amor
amar o amor que se ama

sem de fato
amar alguém.

(Roberta Villa)