Kão

Posted: quarta-feira, 7 de janeiro de 2009 by O Blog dos Poetas Vivos in Marcadores:
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Morreu como um cão!
Com sua visão preto e branco
seu excesso de servidão


Seu corpo em carniça sobre o concreto
um cão, um cão, um cão.


Morreu como um cão!
com aquele quê de quem não questiona
sua carne putrefata
findou na contramão
(e que ainda encontre a lírica)
como naquela música Construção


Poderia ser K. de Franz Kafka
Poderia quiçá ser quem somos
cão cão o Kão.


Bolinhas de Sabão

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Eu brincava:
bolinhas de sabão
quando pisei numa poça
de ilusão
nela tinha lama,
limo
e xixi de rato

Morrerei, agora
com leptospirose.
Mas antes quero a ultima
derradeira dose
(para desengordurar o corpo e a mente,
um copo de água-detergente
vira
Bolinhas de Sabão)

Às vezes o preço da vida é caro
Às vezes o produto raro
parece ter defeito
(lama, limo, xixi de rato)

“Então, moço, cobra mais barato?

Não quer !?

Duvido você ter troco pra cinqüenta!”

(pra cinqüenta bolinhas de sabão) .

Roberta Villa