Leitor, quem fala a verdade?
Posted: sexta-feira, 19 de junho de 2009 by O Blog dos Poetas Vivos in Marcadores: Roberta Villao Poeta.
não se enverga
não se vende
não se deleta
Nele há toda sina de ser sempre semente
com o som subvertido em fôlego
com a luz trasgredindo o prisma
- dele é toda lira.
Vagabundo filho do esmero
o verso é tua família
O poeta é o ser vivente sem função final ou pretexto
Palavra é matéria prima sem mais valia, com mais segredo
O poeta é o sujeito templo
- seus sinos soam transcendência
O poeta, sujeito do tempo
- ao centro seu relógio
é vanguarda e anacrônico
A palavra é tempo-signo
- de fabulosa arquitetura
O poeta é filtro no tempo
- absorve, vela o contexto
A palavra sujeita ao tempo
- inverte significados
converte paradigmas
A palavra infinita-se neste infinito, corre e transpassa o medo
O poeta finda neste finito: morre, mas nos deixa o texto.