Fotografia

Posted: sexta-feira, 22 de maio de 2009 by O Blog dos Poetas Vivos in Marcadores:
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O braço direito estirado,
o esquerdo por sobre o peito.
Num leito improvisado,
a despeito do sol a pino,
dormia, tendo ao seu lado
apenas o cão como amigo.
Em meio ao ruído dos carros
e passos de transeuntes,
da calçada roubava o espaço
ao passo que a fome, a saúde.

A saúde, mas não a vida.
A vida, mas não a alma.

Alma que aos poucos se ia
e do corpo não desgrudava

André Prosperi

1 comentários:

  1. Pedro says:

    Um retrato de apenas mais um elemento da trupe humana. Parabéns pelo escrito. Bem verossímil. Já eu, não consigo escrever uma linha sequer; há tempos. Mas se não consigo escrever, então não escrevo. Simples assim. Isso me fez lembrar uma piadinha do Woody Allen. hehe. Depois te conto companheiro! Um abraço, até!

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