Brasileiros e brasileiras

Posted: quarta-feira, 29 de julho de 2009 by Fabiano Fernandes Garcez in Marcadores: ,
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O José Sarney, presidente do Senado, ex- da República e membro da Academia Brasileira de Letras (?), está sendo acusado de inúmeros crimes. Segundo o jornal da MTV é culpado até pela morte de Michael Jackson para que todos parem de falar dele.
Brincadeiras (ou não) à parte, o último crime de Sarney é ter arrumado uma vaguinha no Senado para o namorado da neta, cujo pai também está envolvido em escândalos. A imprensa chegou até a divulgar os telefonemas da negociata.
Isso deu mais pano para a manga do senador, mas encontro um problema, não do Sarney, mas da população, quem nunca arrumou emprego para um parente? Quem nunca foi empregado por um parente? Isso na língua do povo é chamado de QI (Quem Indica). Não se engane leitor não faço defesa do bigodudo não, acho que ele e toda sua corja de parentes que mandam e desmandam em dois estados da federação devem ser punidos e banidos de uma vez por todas da política brasileira.
O que me irrita é que há coisas que todos sabem que existem, mas quando caem na mídia é uma grande novidade, algo parecido aconteceu quando o Ronaldo (na época jogava ainda no Cruzeiro) afirmou ter comprado sua carteira de motorista e todos ficaram surpresos com isso.
Novamente digo que não o defendo, mas se é errado empregar um futuro genro no senado, isso é chamado de Nepotismo, também deve ser errado para as outras pessoas, mas para eles é o famoso jeitinho brasileiro.
Acho eu que para que o nosso país seja realmente justo, deve-se começar de baixo para cima, ou seja, um povo honesto pode exigir vereadores, deputados, governadores, senadores e presidentes honestos e uma imprensa que não se escandalize com casos conhecidos por todos brasileiros e brasileiras.

3 comentários:

  1. Fabiano, compreendi que você não pretendeu defender nosso senador. No entanto, é necessário verificar a diferença entre a dona Maria da quitanda e o Ilmo Sr. Sarney. Vender bananas no comércio da mamãe é uma coisa, mas grudar sanguessugas nas tetas do Estado é outra: Dona Maria não dá MEU dinheiro ao filho.
    De qualquer forma, continuo acreditando que o problema é a merda e não as moscas, ou seja, uma justiça com olhos de Águia e um povo covarde. Povo covarde no qual me incluo e tomo a liberdade de incluí-lo também.

  1. Concordo em partes com você, faço parte de um povo covarde, mas não vejo diferenças entre o nobre bigode do senador escritor e pobre bigode da Dona Maria Analfa.
    O crime é o mesmo! Talvez penso eu que seja o verdadeiro crime não é crime praticado e sim quem o praticou, mais ou menos assim, já que não ele não sou eu então cumprasse a lei, quando sou o eu o criminoso, tenho que ser vítima de um pais injusto.

    Um abraço!

  1. Bom, muito bom, agora sim alguém pegou uma feridinha e jogou sal. A imprensa é altamente moralista, os poetas também, o zequinha da esquina idem. Na mesma levada, vi ontem no Entrelinhas o filho do João Bosco (músico bem chatinho) falando de sua coleção de ensaios sobre nada que esta vendendo um absurdo nas costas do pai. Mas não, trata-se de um músico e de um ensaísta poeta, não de um político.
    Corrupção é o própria ato de corromper e nós mesmos corrompemos, a questão que se abre é que via imprensa tudo e todo mundo é altamente ético, como se isso fosse possível. Todavia, acho que a discussão vai um pouco além, ao invés de pensarmos no Sarney, que escreve mal e rouba bem; e na Dona Maria que nem escreve, nem rouba por falta de oportunidade; por que não pensamos na nossa imprensa que mais opina (sem brincar com o atacante) do que informa.

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