Soneto Homicida

Posted: domingo, 25 de janeiro de 2009 by O Blog dos Poetas Vivos in Marcadores:
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Modernidade, veja minha espada.
Lhe mostro, sem temor e sem ternura,
dela, a ponta afiada que perfura
e a borda em detalhes trabalhada

Vem, prova desta lâmina assassina.
Forjada por um bárbaro alemão
que aos onze foi morar no Paquistão
e tem seu ganha pão, hoje, na China.

Modernidade, é certa tua morte.
Agora, farei jus ao que é antigo
E em vez de tiro, ganharás um corte.

Um corte do pescoço até o umbigo,
depois entrego o teu futuro à sorte.
E por favor, não ria enquanto eu digo.

André Prosperi

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